Jeff Buckey , 17.11.1966 – 29.5.1997
Bem tenho de dizer que saiu-me o tiro pela culatra , ou seja , quando me preparava para fazer o meu melhor post sobre vida e obra do meu Ídolo (já que faz terça feira 10 anos que morreu trágicamente), eis que me deparo com um artigo no site da Blitz sobre o mesmo assunto… bem o que tenho a dizer é que estou desolado…pois assim já não tem piada nenhuma fazer tudo sabendo que ia ficar muito semelhante(talvez não tão bom,pelo menos na parte literária ) , até porque quase de certeza que o autor do texto fez um resumo da pagina da Wikipedia ,como eu estava a fazer…Como o Enorme Jeff merece o melhor aqui fica o dito trabalho do gajo da Blitz sobre “O Mito que nunca quis sê-lo”.
“Foi um cometa. Em poucos anos passou de músico talentoso a mito pronto a ser louvado por gerações futuras. Jeff Buckley quis ser lembrado apenas pela sua música mas, na memória, ficou algo mais forte. Partiu há dez anos. Texto de André Gomes
O calendário marca o dia 29 de Maio de 1997. O cenário é a cidade de Memphis. Jeff Buckley e Keith Foti, amigo e roadie, caminham em direcção a um estúdio onde têm encontro marcado com a banda (que se encontra precisamente neste momento num avião em direcção à cidade no estado do Tennessee). Ao aperceberem-se que estão perdidos, os dois decidem descansar ao pé do rio. Jeff Buckley, sempre desafiante, entra nas águas do Wolf River com a roupa vestida e as botas calçadas, apesar dos receios e avisos de Keith Foti. Num rádio portátil pode ouvir-se «Whole Lotta Love» dos Led Zeppelin. Jeff Buckley entoa em voz alta as letras e brinca com a forma própria de Robert Plant cantar. Keith Foti tenta afastar o rádio para evitar que seja danificado pelas ondas provocadas pelos barcos que por ali passam. Quando se vira, já não vê Jeff. Naquela altura só as luzes da cidade iluminam as tristes águas do Wolf River. A natureza tem estranhas formas de mostrar a sua raiva. O corpo de Jeff Buckley é encontrado seis dias depois. O homem que sabia demasiado acerca da vida e do amor havia sucumbido prematuramente e de forma trágica.
Jeff Buckley cresceu rodeado de música e de músicos. É filho de Tim Buckley, músico folk que abriu os braços ao jazz, que abandonou Jeff quando este tinha ainda poucos meses. A sua mãe, Mary Guibert, era uma pianista e violencelista com formação clássica.
Jeff Buckley começou desde cedo a ouvir Led Zeppelin, Jimi Hendrix e The Who, por influência do seu padrasto, e cantava sozinho e com a sua mãe, pela casa. «Primeiro foram os seios da minha mãe e depois a música», conta Jeff Buckley numa entrevista à revista Mojo em 1994. «Toda a minha vida cantei a acompanhar o rádio. A minha mãe, que era pianista e violoncelista, costumava cantar para mim também. Íamos de carro para a escola com o rádio ligado, a tocar coisas melodiosas da Califórnia – Joni Mitchell, Crosby Stills & Nash. Comecei a cantar em encontros de família – o meu padrasto adormecia e a minha mãe ficava envergonhada, por isso – para afastar as atenções – eu cantava todas as canções do Elton John que sabia», recordava.
A sua mãe contou que o primeiro disco que Jeff Buckley alguma vez teve foi Physical Graffiti, dos Led Zeppelin. Pouco depois entrava em cena uma guitarra acústica que, supostamente, encontrou no armário da sua avó. Aos 14 anos, Jeff Buckley pediu uma guitarra pelo aniversário e a mãe comprou-lhe uma Gibson Les Paul. A guitarra e a voz passavam a estar no centro das atenções artísticas de Jeff Buckley, mas Mary Guibert contou que a certa altura o filho pensava em ser apenas um guitarrista talentoso, rejeitando a ideia de vir a pegar num microfone, algo que é visto como uma resistência em seguir os passos do pai.
As memórias de Jeff Buckley em relação ao pai eram poucas e, de certa forma, ambíguas. Com oito anos de idade, pouco antes de Tim Buckley morrer, a mãe levou-o a ver um concerto do pai. Jeff acabou por ficar com Tim Buckley durante uma semana e a partir daí passou a querer ser tratado não como Scotty Moorhead, o nome pelo qual era conhecido na altura, mas sim como Jeff Buckley. Apesar de não conhecer profundamente o seu pai, era-lhe impossível não se deixar influenciar por Tim Buckley, até pelas semelhanças físicas, nos gestos, no talento. «As pessoas que o conheceram têm, aparentemente, memórias mágicas dele, mas tem sido uma coisa claustrofóbica toda a minha vida», confessou Jeff Buckley em entrevista à Mojo em 1994. «Acho que o meu pai e eu nascemos com as mesmas partes, como algumas pessoas que têm a mesma estrutura óssea, mas quando eu canto sou eu. A nossa expressão não é a mesma», concluia.
Todos queriam ver em Jeff Buckley a continuação do pai Tim, apesar de o filho querer vingar na música por si próprio. Jeff Buckley não queria seguir os passos do pai no que dizia respeito à forma de encarar a vida – Tim Buckley morreu de sobredose de heroína quando o filho tinha oito anos – e tudo fez para evitar comparações. O conceito de «mártir» não o seduzia.
Jukebox humana
Apesar de Jeff Buckley querer distanciar-se profissionalmente da memória de Tim Buckley, foi num tributo ao seu falecido pai, na igreja de St. Ann em Brooklyn, que começou a chamar a atenção – já depois de ter gravado uma maqueta. Após vários ensaios com Gary Lucas, conhecido pela sua colaboração com Captain Beefheart, Jeff Buckley actuou acompanhado pelo guitarrista e começou ali uma relação que iria marcar decisivamente o seu futuro como músico – tal como havia sido importante a mudança para Nova Iorque. «Fui convidado para tocar num tributo ao pai dele na igreja de St. Ann em Brooklyn, na Primavera de 1991, pelo produtor Hal Willner», revela-nos Gary Lucas, numa conversa há três anos. «Ele disse-me que o Tim tinha um filho chamado Jeff que, por sua vez, o tinha contactado para prestar tributo ao seu pai, que tinha falecido quando ele era ainda miúdo. Nunca ninguém tinha ouvido falar do Jeff. O Hal pensou que eu seria um parceiro para ele. Vi o Jeff no primeiro ensaio, a cara chapada do pai, mas verdadeiramente eléctrico».
Também Gary Lucas percebeu naqueles momentos que o talento de Jeff Buckley era por demais evidente: «Convidei-o para vir até ao meu apartamento em Greenwich Village, para trabalhar numa das canções do pai ("The King's Chain" do álbum Sefronia), liguei a guitarra e comecei a tocar», lembra. «O Jeff começou a cantar e o resto é história. Disse-lhe que era uma verdadeira estrela, mas ele não pareceu acreditar em mim – era bastante tímido e modesto naquela altura. Pedi-lhe imediatamente que se juntasse à minha banda, os Gods and Monsters, porque procurava um vocalista. Ele adorou a ideia», conta. «Algumas das canções que produzimos juntos, como "Grace" e "Mojo Pin", fizeram estremecer o mundo», afirma. Mas pouco depois da estreia ao vivo dos Gods and Monsters, Jeff Buckley telefona a Gary Lucas e diz-lhe que está de saída da banda. A razão? Jeff Buckley queria começar uma carreira em nome próprio, queria tomar as suas decisões e escrever o seu próprio caminho.
Covers de Jeff Buckley:
Nina Simone » If You Knew
Led Zeppelin » Night Flight
Van Morrison » The Way Young Lovers Do
Leonard Cohen » Hallelujah
Nusrat Fateh Ali Khan » Yeh Jo Halka Halka Saroor Hai
James Alan Shelton » Lilac Wine
The Smiths » I Know It's Over
Big Star » Kangaroo
Bob Dylan » If You See Her, Say Hello
MC5 » Kick Out the Jams
Musicas feitas por outros em sua homenagem:
Rufus Wainwright » Memphis Skyline
PJ Harvey » Memphis
Joan As Police Woman » Eternal Flame
Heather Nova » Valley of Sound
Mike Doughty » Grey Ghost
Zita Swoon » Song For A Dead Singer
Pete Yorn » Bandstand in the Sky
Aimee Mann » Just Like Anyone
Mark Eitzel » To The Sea
Lisa Germano » Except For The Ghosts”
Albums:
1993
Live at Sin-é
November 23, 1993
1994
Grace
August 23, 1994
1995
Live from the Bataclan [EP]
October 1995
1998
Sketches for My Sweetheart the Drunk
May 26, 1998
2000
Mystery White Boy
May 9, 2000
2001
Live a L'Olympia
July 3, 2001
2002
Songs to No One 1991-1992
October 15, 2002
2002
The Grace EPs
November 26, 2002
2003
Live at Sin-é (Legacy Edition)
September 2, 2003
2004
Grace (Legacy Edition)
August 24, 2004
2007
So Real: Songs From Jeff Buckley
May 22, 2007
Resta dizer que nasceu em Anaheim ,California ,mudou de casa varias vezes em Orange County (a terra de OC –Orange County) até se mudar para Nova Iorque quando começou a sua carreira mais a sério ,tocando em bares ,e daí o nome de Jukebox Humana ,como o mesmo se intitulou,pois cantava inúmeras musicas de outros artistas (entre eles principalmente :Led Zeppelin,Bob Dylan,Leonard Cohen,The Smiths,etc…);a sua mãe Mary Guibert é de descendência grega,francesa,panamaniana e americana e o pai era emigrante irlandês(alias apenas o conheceu aos 8 anos ,como o texto refere e morreu(o pai ,claro)2 meses apos esse encontro ,de overdose;começou a tocar guitarra aos 6 anos(com a guitarra da avó)e aos 12 teve a sua primeira ,sempre muito apoiado pelo padrasto que o catapultou para o mundo da musica (chegou a apresenta-lo aos Led Zepellin,Jimi Hendrix,The Who e Pink Floyd em tenra idade);morreu enquanto escrevia e ia gravando My Sweetheart the Drunk,aquele que seria o seu segundo álbum de originais,mais tarde foi acabado (no que toca á produção)por Chris Cornell (ex vocalista dos já extintos Soundgarden e Audioslave),afogado no Wolf River ,afluente do Mississípi;O seu corpo foi encontrado uma semana após o afogamento por um turista de barco, a autópsia demonstrou que na altura do trágico acidente ,ele não se encontrava sob o efeito de drogas ou álcool…tinha 30 anos.
Para saber mais ,nomeadamente documentários,prémios e o que muita gente disse sobre ele(principalmente foi considerado por inúmeras personalidades da musica como o melhor artista(cantor,musico e escritor) da década de 90 e um dos mais promissores,o seu álbum Grace ,como um dos melhores de sempre e a sua versão de Hallelujah como uma das melhores de todos os tempos) vão a:
-wikipedia.org/wiki/Jeff_Buckley
-www.allmusic.com/cg/amg.dll?p=amg&sql=11:3xfoxqq5ldse
-www.imdb.com/name/nm0118623/
-video.google.com/videoplay?docid=-4831513218004017007
-www.myspace.com/jeffbuckley
Musicas da semana:
Jeff Buckley – I know it’s over , para começar pelo melhor.é simplesmente das melhores musicas que já ouvi ,cover dos inesquecíveis The Smiths de Manchester escrita por Johnny Marr e Morrissey,está no novo álbum;
Dream Brother – Jeff Buckley , mais uma musica brutal do seu novo álbum numa versão alternativa(melhor ainda),nela ele fala da sua relação com o pai;
So Real –Jeff Buckley , que dizer… é apenas mais uma …também está no novo disco numa versão acústica gravada num concerto no Japão;
Hallelujah – Jeff Buckley , bem… é só a minha musica preferida de todos os tempos.
Cd da semana:
So Real: Songs From Jeff Buckley
, tinha mesmo de ser.Este é um cd ideal para quem não conhece Jeff Buckley ou a sua musica,como diz a mãe, mas eu diria que até para os fãs tem novidades.As principais já estão em cima ,mas podemos encontrar também os exitos Forget Her ,Grace,Last Goodbye e Everybody Here Wants You ,e as fantásticas Lover You Should Have Come Over ,So Real e Mojo Pin.
Nos vídeos …mais Jeff Buckley…o 1º é apenas a musica Hallelujah para ver se gostam,não é um video clip,o 2º e 3º são de duas das unicas musica com direito a vídeoclip propriamente dito do Jeff,são provavelmente as duas musicas mais conhecidas dele e chamam-se Forget Her e Everybody Here Wants You ,respectivamente.
E agora extra Jeff queria dizer apenas que pelos vistos o Creamfields passou de sonho a desilusão ,pelo menos para muitos ,principalmente por uma conjugação de factores muito particulares : o imenso frio , a enorme fila para entrar no recinto(que pelos vistos circundava o bairro da Belavista e na qual tinha de se esperar horas ,a não ser que tivesse convite),as enormes filas para entrar nos espaços temáticos (que chegaram a ser caóticas ) e principalmente o falhanço que foi o concerto dos Placebo(saíram uma hora antes do previsto sem dar qualquer tipo de explicações ,que foram dadas aos fãs apenas 4ª feira atravez do site oficial dizendo que tudo se deveu a problemas na voz do vocalista Brian Molko).Do que tu te livras-te Toni;Para finalizar deixo mais um vídeo,que me enviaram por mail ,e que apenas incluí na rubrica(e não num post separado) por causa da musica ,que é fantástica,quanto ao vídeo propriamente dito só tenho a dizer que olho para a primeira imagem no espelho e vejo uma miúda lindíssima …
ps:desculpem a extensão mas em semana de posts extensos aproveitei a boleia,e este era um post especial para mim,afinal o homem merece.
ps2:se alguém ficou mesmo a gostar e quiser saber / ouvir mais que diga,tenho a discografia completa e um DVD só de documentários , se quiserem muito até posso emprestar...
Bem tenho de dizer que saiu-me o tiro pela culatra , ou seja , quando me preparava para fazer o meu melhor post sobre vida e obra do meu Ídolo (já que faz terça feira 10 anos que morreu trágicamente), eis que me deparo com um artigo no site da Blitz sobre o mesmo assunto… bem o que tenho a dizer é que estou desolado…pois assim já não tem piada nenhuma fazer tudo sabendo que ia ficar muito semelhante(talvez não tão bom,pelo menos na parte literária ) , até porque quase de certeza que o autor do texto fez um resumo da pagina da Wikipedia ,como eu estava a fazer…Como o Enorme Jeff merece o melhor aqui fica o dito trabalho do gajo da Blitz sobre “O Mito que nunca quis sê-lo”.
“Foi um cometa. Em poucos anos passou de músico talentoso a mito pronto a ser louvado por gerações futuras. Jeff Buckley quis ser lembrado apenas pela sua música mas, na memória, ficou algo mais forte. Partiu há dez anos. Texto de André Gomes
O calendário marca o dia 29 de Maio de 1997. O cenário é a cidade de Memphis. Jeff Buckley e Keith Foti, amigo e roadie, caminham em direcção a um estúdio onde têm encontro marcado com a banda (que se encontra precisamente neste momento num avião em direcção à cidade no estado do Tennessee). Ao aperceberem-se que estão perdidos, os dois decidem descansar ao pé do rio. Jeff Buckley, sempre desafiante, entra nas águas do Wolf River com a roupa vestida e as botas calçadas, apesar dos receios e avisos de Keith Foti. Num rádio portátil pode ouvir-se «Whole Lotta Love» dos Led Zeppelin. Jeff Buckley entoa em voz alta as letras e brinca com a forma própria de Robert Plant cantar. Keith Foti tenta afastar o rádio para evitar que seja danificado pelas ondas provocadas pelos barcos que por ali passam. Quando se vira, já não vê Jeff. Naquela altura só as luzes da cidade iluminam as tristes águas do Wolf River. A natureza tem estranhas formas de mostrar a sua raiva. O corpo de Jeff Buckley é encontrado seis dias depois. O homem que sabia demasiado acerca da vida e do amor havia sucumbido prematuramente e de forma trágica.
Jeff Buckley cresceu rodeado de música e de músicos. É filho de Tim Buckley, músico folk que abriu os braços ao jazz, que abandonou Jeff quando este tinha ainda poucos meses. A sua mãe, Mary Guibert, era uma pianista e violencelista com formação clássica.
Jeff Buckley começou desde cedo a ouvir Led Zeppelin, Jimi Hendrix e The Who, por influência do seu padrasto, e cantava sozinho e com a sua mãe, pela casa. «Primeiro foram os seios da minha mãe e depois a música», conta Jeff Buckley numa entrevista à revista Mojo em 1994. «Toda a minha vida cantei a acompanhar o rádio. A minha mãe, que era pianista e violoncelista, costumava cantar para mim também. Íamos de carro para a escola com o rádio ligado, a tocar coisas melodiosas da Califórnia – Joni Mitchell, Crosby Stills & Nash. Comecei a cantar em encontros de família – o meu padrasto adormecia e a minha mãe ficava envergonhada, por isso – para afastar as atenções – eu cantava todas as canções do Elton John que sabia», recordava.
A sua mãe contou que o primeiro disco que Jeff Buckley alguma vez teve foi Physical Graffiti, dos Led Zeppelin. Pouco depois entrava em cena uma guitarra acústica que, supostamente, encontrou no armário da sua avó. Aos 14 anos, Jeff Buckley pediu uma guitarra pelo aniversário e a mãe comprou-lhe uma Gibson Les Paul. A guitarra e a voz passavam a estar no centro das atenções artísticas de Jeff Buckley, mas Mary Guibert contou que a certa altura o filho pensava em ser apenas um guitarrista talentoso, rejeitando a ideia de vir a pegar num microfone, algo que é visto como uma resistência em seguir os passos do pai.
As memórias de Jeff Buckley em relação ao pai eram poucas e, de certa forma, ambíguas. Com oito anos de idade, pouco antes de Tim Buckley morrer, a mãe levou-o a ver um concerto do pai. Jeff acabou por ficar com Tim Buckley durante uma semana e a partir daí passou a querer ser tratado não como Scotty Moorhead, o nome pelo qual era conhecido na altura, mas sim como Jeff Buckley. Apesar de não conhecer profundamente o seu pai, era-lhe impossível não se deixar influenciar por Tim Buckley, até pelas semelhanças físicas, nos gestos, no talento. «As pessoas que o conheceram têm, aparentemente, memórias mágicas dele, mas tem sido uma coisa claustrofóbica toda a minha vida», confessou Jeff Buckley em entrevista à Mojo em 1994. «Acho que o meu pai e eu nascemos com as mesmas partes, como algumas pessoas que têm a mesma estrutura óssea, mas quando eu canto sou eu. A nossa expressão não é a mesma», concluia.
Todos queriam ver em Jeff Buckley a continuação do pai Tim, apesar de o filho querer vingar na música por si próprio. Jeff Buckley não queria seguir os passos do pai no que dizia respeito à forma de encarar a vida – Tim Buckley morreu de sobredose de heroína quando o filho tinha oito anos – e tudo fez para evitar comparações. O conceito de «mártir» não o seduzia.
Jukebox humana
Apesar de Jeff Buckley querer distanciar-se profissionalmente da memória de Tim Buckley, foi num tributo ao seu falecido pai, na igreja de St. Ann em Brooklyn, que começou a chamar a atenção – já depois de ter gravado uma maqueta. Após vários ensaios com Gary Lucas, conhecido pela sua colaboração com Captain Beefheart, Jeff Buckley actuou acompanhado pelo guitarrista e começou ali uma relação que iria marcar decisivamente o seu futuro como músico – tal como havia sido importante a mudança para Nova Iorque. «Fui convidado para tocar num tributo ao pai dele na igreja de St. Ann em Brooklyn, na Primavera de 1991, pelo produtor Hal Willner», revela-nos Gary Lucas, numa conversa há três anos. «Ele disse-me que o Tim tinha um filho chamado Jeff que, por sua vez, o tinha contactado para prestar tributo ao seu pai, que tinha falecido quando ele era ainda miúdo. Nunca ninguém tinha ouvido falar do Jeff. O Hal pensou que eu seria um parceiro para ele. Vi o Jeff no primeiro ensaio, a cara chapada do pai, mas verdadeiramente eléctrico».
Também Gary Lucas percebeu naqueles momentos que o talento de Jeff Buckley era por demais evidente: «Convidei-o para vir até ao meu apartamento em Greenwich Village, para trabalhar numa das canções do pai ("The King's Chain" do álbum Sefronia), liguei a guitarra e comecei a tocar», lembra. «O Jeff começou a cantar e o resto é história. Disse-lhe que era uma verdadeira estrela, mas ele não pareceu acreditar em mim – era bastante tímido e modesto naquela altura. Pedi-lhe imediatamente que se juntasse à minha banda, os Gods and Monsters, porque procurava um vocalista. Ele adorou a ideia», conta. «Algumas das canções que produzimos juntos, como "Grace" e "Mojo Pin", fizeram estremecer o mundo», afirma. Mas pouco depois da estreia ao vivo dos Gods and Monsters, Jeff Buckley telefona a Gary Lucas e diz-lhe que está de saída da banda. A razão? Jeff Buckley queria começar uma carreira em nome próprio, queria tomar as suas decisões e escrever o seu próprio caminho.
Covers de Jeff Buckley:
Nina Simone » If You Knew
Led Zeppelin » Night Flight
Van Morrison » The Way Young Lovers Do
Leonard Cohen » Hallelujah
Nusrat Fateh Ali Khan » Yeh Jo Halka Halka Saroor Hai
James Alan Shelton » Lilac Wine
The Smiths » I Know It's Over
Big Star » Kangaroo
Bob Dylan » If You See Her, Say Hello
MC5 » Kick Out the Jams
Musicas feitas por outros em sua homenagem:
Rufus Wainwright » Memphis Skyline
PJ Harvey » Memphis
Joan As Police Woman » Eternal Flame
Heather Nova » Valley of Sound
Mike Doughty » Grey Ghost
Zita Swoon » Song For A Dead Singer
Pete Yorn » Bandstand in the Sky
Aimee Mann » Just Like Anyone
Mark Eitzel » To The Sea
Lisa Germano » Except For The Ghosts”
Albums:
1993
Live at Sin-é
November 23, 1993
1994
Grace
August 23, 1994
1995
Live from the Bataclan [EP]
October 1995
1998
Sketches for My Sweetheart the Drunk
May 26, 1998
2000
Mystery White Boy
May 9, 2000
2001
Live a L'Olympia
July 3, 2001
2002
Songs to No One 1991-1992
October 15, 2002
2002
The Grace EPs
November 26, 2002
2003
Live at Sin-é (Legacy Edition)
September 2, 2003
2004
Grace (Legacy Edition)
August 24, 2004
2007
So Real: Songs From Jeff Buckley
May 22, 2007
Resta dizer que nasceu em Anaheim ,California ,mudou de casa varias vezes em Orange County (a terra de OC –Orange County) até se mudar para Nova Iorque quando começou a sua carreira mais a sério ,tocando em bares ,e daí o nome de Jukebox Humana ,como o mesmo se intitulou,pois cantava inúmeras musicas de outros artistas (entre eles principalmente :Led Zeppelin,Bob Dylan,Leonard Cohen,The Smiths,etc…);a sua mãe Mary Guibert é de descendência grega,francesa,panamaniana e americana e o pai era emigrante irlandês(alias apenas o conheceu aos 8 anos ,como o texto refere e morreu(o pai ,claro)2 meses apos esse encontro ,de overdose;começou a tocar guitarra aos 6 anos(com a guitarra da avó)e aos 12 teve a sua primeira ,sempre muito apoiado pelo padrasto que o catapultou para o mundo da musica (chegou a apresenta-lo aos Led Zepellin,Jimi Hendrix,The Who e Pink Floyd em tenra idade);morreu enquanto escrevia e ia gravando My Sweetheart the Drunk,aquele que seria o seu segundo álbum de originais,mais tarde foi acabado (no que toca á produção)por Chris Cornell (ex vocalista dos já extintos Soundgarden e Audioslave),afogado no Wolf River ,afluente do Mississípi;O seu corpo foi encontrado uma semana após o afogamento por um turista de barco, a autópsia demonstrou que na altura do trágico acidente ,ele não se encontrava sob o efeito de drogas ou álcool…tinha 30 anos.
Para saber mais ,nomeadamente documentários,prémios e o que muita gente disse sobre ele(principalmente foi considerado por inúmeras personalidades da musica como o melhor artista(cantor,musico e escritor) da década de 90 e um dos mais promissores,o seu álbum Grace ,como um dos melhores de sempre e a sua versão de Hallelujah como uma das melhores de todos os tempos) vão a:
-wikipedia.org/wiki/Jeff_Buckley
-www.allmusic.com/cg/amg.dll?p=amg&sql=11:3xfoxqq5ldse
-www.imdb.com/name/nm0118623/
-video.google.com/videoplay?docid=-4831513218004017007
-www.myspace.com/jeffbuckley
Musicas da semana:
Jeff Buckley – I know it’s over , para começar pelo melhor.é simplesmente das melhores musicas que já ouvi ,cover dos inesquecíveis The Smiths de Manchester escrita por Johnny Marr e Morrissey,está no novo álbum;
Dream Brother – Jeff Buckley , mais uma musica brutal do seu novo álbum numa versão alternativa(melhor ainda),nela ele fala da sua relação com o pai;
So Real –Jeff Buckley , que dizer… é apenas mais uma …também está no novo disco numa versão acústica gravada num concerto no Japão;
Hallelujah – Jeff Buckley , bem… é só a minha musica preferida de todos os tempos.
Cd da semana:
So Real: Songs From Jeff Buckley
, tinha mesmo de ser.Este é um cd ideal para quem não conhece Jeff Buckley ou a sua musica,como diz a mãe, mas eu diria que até para os fãs tem novidades.As principais já estão em cima ,mas podemos encontrar também os exitos Forget Her ,Grace,Last Goodbye e Everybody Here Wants You ,e as fantásticas Lover You Should Have Come Over ,So Real e Mojo Pin.
Nos vídeos …mais Jeff Buckley…o 1º é apenas a musica Hallelujah para ver se gostam,não é um video clip,o 2º e 3º são de duas das unicas musica com direito a vídeoclip propriamente dito do Jeff,são provavelmente as duas musicas mais conhecidas dele e chamam-se Forget Her e Everybody Here Wants You ,respectivamente.
E agora extra Jeff queria dizer apenas que pelos vistos o Creamfields passou de sonho a desilusão ,pelo menos para muitos ,principalmente por uma conjugação de factores muito particulares : o imenso frio , a enorme fila para entrar no recinto(que pelos vistos circundava o bairro da Belavista e na qual tinha de se esperar horas ,a não ser que tivesse convite),as enormes filas para entrar nos espaços temáticos (que chegaram a ser caóticas ) e principalmente o falhanço que foi o concerto dos Placebo(saíram uma hora antes do previsto sem dar qualquer tipo de explicações ,que foram dadas aos fãs apenas 4ª feira atravez do site oficial dizendo que tudo se deveu a problemas na voz do vocalista Brian Molko).Do que tu te livras-te Toni;Para finalizar deixo mais um vídeo,que me enviaram por mail ,e que apenas incluí na rubrica(e não num post separado) por causa da musica ,que é fantástica,quanto ao vídeo propriamente dito só tenho a dizer que olho para a primeira imagem no espelho e vejo uma miúda lindíssima …
ps:desculpem a extensão mas em semana de posts extensos aproveitei a boleia,e este era um post especial para mim,afinal o homem merece.
ps2:se alguém ficou mesmo a gostar e quiser saber / ouvir mais que diga,tenho a discografia completa e um DVD só de documentários , se quiserem muito até posso emprestar...
5 comentários:
estas desculpado pelo extenso post mas vale bem a pena o ler, e sem duvida que o homem merece.
tb tenho a discografia completa so nao tenho o dvd dos documentários, manda vir!
saudações
ps3:proxima 6ª feira , ás 21:30(sensivelmente) na RTPN , vai dar uma pequena amostra da vida e obra do homem,é integrado no Jornal das 21 na rubrica de musica com o conhecido apresentador da Liga dos Ultimos(Avaro Costa),é uma rubrica semanal fantástica (sempre as sextas feiras), talvez o melhor que dá na tv portuguesa sobre musica,pelo menos para quem gosta do mesmo género musiscal que eu...
muitos não vão poder ver(como eu ) mas o video vai ficar a gravar...
ps4:esqucime de outra sugestão da semana:
Tarantula - Smashing Pumpkins,é o novo single...
Jeff Buckley ... um MITO ... uma LENDA!!!
Placebo... uma desilusão?.. Bem ... quem diria... já nos safemos ó "toni"... :D
Sim, agora vamos ver smashing
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